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ღ Morrigan Crawford ღ

Ela tirou a mordaça eu prendia seus lábios tão logo percebeu que acordara de verdade. Estava passando o fim de semana na casa de praia com os pais e não queria que eles se preocupassem sem motivo, como por causa desses pesadelos que costumava ter quando criança e agora haviam resolvido voltar.
A mordaça era para evitar os gritos que sempre acompanhavam os tais pesadelos infantis, que geralmente envolviam uma longa perseguição e cenas com vários rostos disformes que acabavam sempre mortos; inclusive ela mesma.
Os olhos verdes passearam pelo quarto, tentando ver se tudo estava em ordem. “Pare com isso garota! Você sabe que objetos não passeiam pelo ar de acordo com sua vontade! Lembre-se de toda a grana gasta com os psiquiatras!” Ela se ordenou.
Tinha dezessete anos e fora aceita na Faculdade de Direito. Não namorava. Não bebia nada que não fosse vinho/coca-cola/água. Adorava cair na balada, embora raramente o fizesse. Iria morar com outras duas garotas que ainda não conhecia em um apartamento que também não conhecia que ficava em uma cidade que também não conhecia. Tirou a franjinha de dentro dos olhos e suspirou.
Olhou para o despertador: quatro e quinze da manhã. “OK, já que impuseram que eu me acordasse, irei começar o dia um pouco mais cedo que o de costume. Não vai demorar muito pro sol nascer mesmo! Vou dar uma corrida na praia e depois um bom mergulho.” Tomou uma bucha rápida, vestiu o biquíni azul escuro e um short branco. Saiu pela porta dos fundos e deixou um bilhete para os pais, era um ato desnecessário, mas ela o fazia assim mesmo.
Correu durante vinte minutos, até que não pôde mais ver sua casa, a de qualquer outra pessoa, ou mesmo a qualquer outra coisa que não fosse o mar calmo, onde mergulhou sem cerimonia após deixar o short preso em baixo de uma pedra. Depois de refrescada, saiu da água, a fim de ver o nascer do sol.
Como sempre acordava às cinco da manhã, aquele espetáculo da natureza não era novidade para ela, mas Morrigan nunca o perdia. Para ela, era quase um ritual diário e indispensável.
O cabelo molhado foi enxugando-se com o vento enquanto ela apreciava o movimento de ida e vinda das ondas. Seus cabelos eram de um liso incomum, com muito movimento, mas que sempre voltava para o lugar, sem falar, é claro, na cor, negro como as trevas. Já seus olhos pareciam nunca decidirem-se: ora eram verdes, ora azuis e ora nem um nem outro. O rosto era bonito, embora um tanto sério. Sua pele era branca, quase pálida e, por mais que Morrigan tentasse “fritar” no sol, nunca pegara nada mais que uma insolação.
Era filha única, não tinha primos, não conhecia os tios. Devido o emprego do pai (exercito), ela passou metade de sua vida mudando-se de um lado para o outro. Apenas no ultimo ano, devido a um grave ferimento que seu pai “ganhara” em batalha, eles fixaram residência naquela parte do mundo.
Amigos não faziam parte de seu cotidiano. Fazia poucos conhecidos e não mantinha contato com ninguém. Para distrair-se, tinha a si mesma e, tempos atrás, havia também todos os outros que foram sumindo à medida que as visitas aos psicólogos aumentavam. Algumas vezes sentia falta dos “outros”; era como se houvesse um bate-papo em sua mente, mas muito mais divertido.

3 comentários:

Rock Girl 14 de agosto de 2009 às 15:34  

Olá, seu blog é muito bom, semelhante ao meu, preciso voltar aqui com tempo pra ler com calma ele todo. Abraços.
Se possível, faz uma visita no meu :D
http://vivaorocknroll.blogspot.com

Rodrigo Neves 23 de fevereiro de 2010 às 09:01  

beem legaal , estou ancioso pelos outros capitulos.

beijôos!

Tais 14 de março de 2010 às 06:30  

Opaa, obrigada pelo comentário !
estava lendo seus posts, muuuito bom mesmo !!!!! amei você escreve muito bem !
beijos

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